Hilux SW4 gasolina

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Você já teve aquela sensação de “poder” ao assumir o comando de um veículo? Pois foi assim que me senti durante os sete dias de testes no Toyota Hilux SW4 V6 4.0 a gasolina: poderosa! Afinal, impor respeito no trânsito, olhando os demais carros por cima, não tem preço… Ou melhor, tem sim. Para ser mais precisa: R$ 149 mil – preço sugerido pelo fabricante, mas nas concessionárias da marca é possível encontrar o mesmo modelo custando R$ 6 mil abaixo da tabela.
A versão avaliada foi a top de linha, equipada com o motor seis cilindros em V, 24 válvulas e 3.956 cm3, que rende até 238 cv de potência (a 5.200 rpm) e tem torque máximo para caminhão nenhum botar defeito: 38,3 kgfm a 3.800 giros.
Mas, de caminhão mesmo, este SW4 só tem a força. Afinal, o propulsor a gasolina trabalha sereno, sem “aquele” ruído característico dos motores a diesel. Inclusive, em marcha lenta, não se percebe nenhuma vibração, mesmo colocando um copo d’água sobre o painel (se você tiver a oportunidade, faça a experiência, eu fiz).

LEVANTA POEIRA

Por incrível que pareça, é na terra que este SUV dá um show de performance. Com boa altura do solo e bons ângulos de ataque e saída, ele passa fácil por trilhas com piso irregular e até trechos com lama. Afinal, além de os pneus (265/65 R17) serem de uso misto, o SW4 possui sistema de tração 4×4, com reduzida e diferencial central bloqueado, acionado por uma alavanca no console central.
O motor V6 tem disposição de sobra, não apenas no fora-de-estrada, como também no asfalto. A caixa automática de cinco velocidades possui relações bem escalonadas, o que proporciona trocas suaves e sem trancos. Mas é bom não abusar muuuito do acelerador. Acima dos 140 km/h o SW4 “flutua” mais e sai de traseira nas curvas – lembrando que o chassi é o mesmo da picape Hilux, com suspensão traseira melhorada por molas helicoidais.

PARA GRANDES FAMILIAS

O espaço interno é um dos trunfos deste Toyota. Com capacidade para sete ocupantes, o SW4 possui três fileiras de bancos – sendo a última no porta-malas, composta por dois bancos que podem ser rebatidos. Apesar de o espaço ser suficiente para dois passageiros de até 1,70 m, o acesso à terceira fileira é coisa para ginasta. Tudo bem que a segunda fileira se movimenta longitudinalmente e o encosto bipartido é reclinável. Mas vai fazer isso na prática! Só mesmo sendo criança para encontrar tanta disposição para chegar aos bancos extras – as minhas entravam até pelo porta-malas!
Mas o principal apelo do SW4 é, sem dúvida, o primoroso acabamento interno. O habitáculo tem aparência agradável, com revestimento em couro claro nos bancos e painéis de porta. O plástico usado é de qualidade superior, sendo que alguns apliques imitam madeira. O banco do motorista tem ajustes elétricos e o volante possui comando do áudio (rádio/CD Changer para seis discos e MP3 integrado) e do computador de bordo. O modelo avaliado ainda estava equipado com: ar condicionado automático digital, cruise control (vulgo piloto automático), duplo airbag, freios ABS nas quatro rodas, entre outros itens, todos de série.

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